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“Se os militares se encontrarem ainda dentro da aeronave, vamos encontrar cadáveres”

Um helicóptero de combate a incêndios caiu no rio Douro. A bordo seguiam seis pessoas, e, até ao momento, só o piloto foi resgatado com vida.

Rita Carvalho Pereira

O especialista em resgates aquáticos Pedro Gomes de Sousa considera que são escassas as hipóteses de os tripulantes do helicóptero que caiu no rio Douro serem encontrados com vida. Entrevistado na SIC Notícias, afirma que a maior probabilidade é que sejam encontrados corpos sem vida.

Um helicóptero de combate a incêndios da GNR caiu, esta sexta-feira, no rio Douro. A bordo seguiam seis pessoas, sendo que, até ao momento, apenas o piloto da aeronave foi resgatado com vida.

O especialista em resgates aquáticos ouvido pela SIC Notícias teme, contudo, que mais nenhuma pessoa possa ter sobrevivido à queda.

“Devido ao tempo que já passou, se os militares se encontrarem ainda dentro da aeronave, vamos encontrar cadáveres”, prevê Pedro Gomes de Sousa.

O especialista acredita que os operacionais que estavam dentro do helicóptero não terão tido tempo de se desamarrarem e ficarem soltos da estrutura. “Um helicóptero é muito aberto e, ainda por cima, é frágil. Se o piloto saiu, quando saiu, também entrou água”, acrescenta.

Pelo contrário, refere, se os militares tiverem conseguido sair do helicóptero, “poderão ter sido arrastados pela corrente e estarão a jusante” do rio.

Resgate difícil: “É quase como mergulhar numa chávena de café”

Com o helicóptero submerso, decorrem agora as operações para resgatar os elementos da tripulação ainda desaparecidos. Pedro Gomes de Sousa sublinha que este deverá ser um processo demorado.

"É submergir no sítio onde foi o impacto e pesquisar, num raio até 100 metros, para ver se há destroços e depois pesquisar dentro dos destroços se haverá algum corpo", explica.

Em causa, refere, está um "mergulho difícil", apesar de a profundidade das águas não ser grande. "A visibilidade no rio é má, porque o rio traz terras e lixo", alerta o especialista em resgates aquáticos. “É quase como estar a mergulhar dentro de uma chávena de café.”

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