A praia de Matosinhos é uma das mais afetadas pela má qualidade da água. Quem o diz é a associação Zero que alertou esta quarta-feira para o agravamento da qualidade da água nas praias portuguesas.
De acordo com a associação, desde o início da época balnear (01 de maio) já foi desaconselhado ou proibido banhos em 46 praias, mais 17 do que em período semelhante do ano passado.
Além disso, já foram interditadas 41 praias, mais 13 do que em 2023, a maioria por má qualidade da água, sendo que 15 eram costeiras e 26 interiores.
Desde o início da época balnear, a praia de Matosinhos foi a que apresentou um maior número de situações de água imprópria para banhos, com três situações de desaconselhamento ou proibição de banhos, seguindo-se da Parede (Cascais), Camilo (Lagos), Bitetos (Marco de Canavezes), Vieira (Marinha Grande), Molhe Leste (Peniche) e Azenhas do Mar (Sintra), cada uma delas com duas situações de desaconselhamento ou proibição de banhos.
À SIC, Nuno Forner da associação Zero explicou que o desaconselhamento e a interdição frequente das praias, sobretudo a de Matosinhos, se deve há contaminação das águas por bactérias "que estão muitas vezes associadas a águas residuais" e que são perigosas para a saúde.
"São bactérias que ao serem inadvertidamente ingeridas podem provocar problemas graves de saúde daí acautelar-se estas situações com interdições das praias", disse.
De acordo com o membro da associação, a contaminação das águas balneares deve-se sobretudo a "problemas na rede de recolha e tratamento de água residuais" e por isso é necessária uma maior "avaliação" e "investigação" de forma a "minimizar estas situações".