As cirurgias e consultas de urologia dos hospitais da Guarda e Seia estão suspensas. As equipas médicas estão em braço de ferro com a administração. O ultimato foi feito no final de julho, mas a administração da ULS da Guarda não deu resposta e logo, no primeiro de agosto, foi confrontada com a suspensão de toda a atividade assistencial de urologia, determinada pelo coordenador da unidade, o médico Hugo Antunes.
Dezenas de consultas canceladas e várias cirurgias programadas foram adiadas. Foi uma opção musculada e com uma legenda de culpa atirada à administração. Seja porque os prestadores de serviço trabalham sem contrato, seja porque havia atraso reiterado
no pagamento de trabalho adicional.
Logo no primeiro de agosto a SIC tentou obter uma reação da administração da ULS da Guarda sem sucesso, mas ainda nesse dia os recursos humanos receberam instruções para pagar o que era reclamado há meses.
A equipa de urologia decidiu então retomar a atividade a partir desta segunda-feira, mas não há garantia de que tudo volte à normalidade.
A SIC sabe que pelo menos a cirurgia adicional de urologia pode não se fazer porque a anestesia se prepara para erguer também um braço de ferro, isto é, recusa-se a cooperar porque também tem pagamentos em atraso.