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Navio da Marinha parte para missão (em zona sensível) no Norte da Europa

Vão ser quatro meses numa das zonas mais sensíveis do Velho Continente devido à ameaça da Rússia.

André Palma

António Cunha

Um navio da Marinha Portuguesa partiu esta segunda-feira para uma missão da Nato, no Norte da Europa. Seja a primeira ou não, o sentimento de quem fica em terra não muda, assegura quem já passou por estes momentos mais do que uma vez.

“Querer mandar uma mensagem e não obter uma resposta na altura é sempre complicado. Eles [respondem] de dias a dias, ou de semanas em semanas. Depende do trabalho que têm lá dentro, de estarem perto de terra ou não para terem rede”, explica Alda, mãe de um dos militares que participa na missão.

O filho de Alda e José tem 25 anos e também faz parte dos 167 militares que partiram no NRP D. Francisco de Almeida.

“A maior parte deles é a razão pela qual vieram para a Marinha, portanto nessa parte eu diria que é fácil motivar. O facto de ser três meses e meio fora é que é, digamos, torna mais difícil manter essa motivação num nível alto”, diz o capitão Santos Garcia que comanda a fragata.

Neste navio, que foi reformulado há pouco tempo, vão também a bordo um corpo de fuzileiros e uma equipa de mergulhadores.

“É sempre um desiderato das forças armadas termos os materiais e os equipamentos mais atualizados possível, se não for, dentro das capacidades do país, com certeza usaremos esses meios de acordo com as competências que têm”, explica o chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, o general José Nunes da Fonseca.

Era melhor que o investimento existisse, mas para o chefe do Estado-maior General das Forças Armadas se não houver, Portugal vai continuar a ter capacidade para participar noutras missões da NATO.

O Almirante Gouveia e Melo diz que é uma forma de intimidar quem tem ameaçado a paz na Europa.

“O contributo para garantir a dissuasão suficiente e mostrarem prontidão também suficiente para que essas entidades que julgam que podem fazer isso contra as leis internacionais pensem duas vezes sobre o assunto", diz o chefe do estado-maior da armada, o almirante Gouveia e Melo.

O navio vai parar em pelo menos 4 portos do norte da Europa. Regressa a Lisboa a 16 de novembro.

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