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Enfermeiros arrancam com protestos antes da greve nacional de sexta-feira

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses leva a cabo uma série de ações pelo país para denunciar os problemas que afetam a classe profissional.

João Faiões

João Tuna

Os enfermeiros vão organizar, em todo país, ações para chamar a atenção para os problemas da classe. Os profissionais de enfermagem têm greve nacional marcada para sexta-feira.

O primeiro protesto aconteceu esta manhã em Bragança, à porta do hospital da cidade. Foi o arranque para uma série de ações pelo país para denunciarem problemas gerais que afetam a classe, mas também para darem a conhecer situações específicas em cada ULS.

Outro problema que se coloca em Bragança é a precariedade contratual, com cerca de 40 enfermeiros nesta situação.

“Temos enfermeiros que foram contratados para a luta contra a Covid que ainda se encontram com contrato precário”, denuncia Alfredo Gomes, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Apesar de existirem 700 enfermeiros na ULS Nordeste, a falta destes profissionais é outra debilidade apontada com impacto na prestação dos serviços.

“Nos cuidados intensivos, que têm duas unidades de internamento, uma delas encerrou porque não tem enfermeiros”, aponta o sindicalista.

O sindicato afirma que os enfermeiros estão também descontentes com a resposta do novo Governo à prometida valorização da carreira.

“Vem com uma proposta de 50 euros só para a primeira posição remuneratória da carreira. Se não está a gozar connosco, os enfermeiros cada vez mais se sentem descrentes”, atira Alfredo Gomes.

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