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Marcelo diz que é “compreensível” que Pedro Nuno não queira discutir OE2025 sem Montenegro

O chefe de Estado acredita que o primeiro-ministro e o líder da oposição terão ocasião de estar juntos e discutir o assunto, depois de Montenegro ter cancelado a presença no encontro desta sexta-feira. O Presidente da República promete também uma decisão sobre o diploma da descida do IRS até à próxima terça-feira.

Rita Carvalho Pereira

O Presidente da República diz que é compreensível que Pedro Nuno Santos não queira discutir o Orçamento do Estado de 2025 se Luís Montenegro não estiver presente. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que os dois líderes políticos poderão, futuramente, encontrar-se os dois para falar.

O primeiro-ministro cancelou, esta manhã, a presenças nas reuniões com os partidos com representação parlamentar, devido a um problema de saúde. Pouco depois, o líder socialista do PS fez saber que, assim, não marcaria presença na reunião em São Bento.

Pedro Nuno Santos garantiu, contudo, que “não há drama nenhum” e que marcará presença num próximo encontro em que Luís Montenegro também esteja presente.

Em declarações aos jornalistas, esta sexta-feira, à margem de uma visita a Viseu, o Presidente da República disse compreender a decisão do secretário-geral do PS.

“Compreende-se que, se não é possível representação ao mais alto nível, o líder da oposição se faça substituir”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Há de haver ocasiões para se encontrarem os dois”, acrescentou, manifestando a esperança de que o primeiro-ministro e o líder da oposição possam conversar e chegar a consenso sobre o Orçamento do Estado para 2025. O Presidente da República lembrou que é necessário que Luís Montenegro se restabeleça em termos de saúde, uma vez que tem agendada uma viagem a Angola na próxima semana.

O chefe de Estado foi também novamente questionado sobre o diploma para a redução do IRS – que foi aprovado no Parlamento, a partir de uma proposta do PS, mas contra a vontade do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa prometeu uma decisão até ao final da próxima terça-feira, dia 23 de julho.

O Presidente da República foi ainda questionado sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria e o facto de o Parlamento tencionar pedir acesso a comunicações do chefe de Estado sobre o tema, mas Marcelo Rebelo de Sousa recusou pronunciar-se sobre o assunto.

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