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Ministro da Educação quer "professores mais motivados e menos alunos sem aulas"

Após um encontro em Alcochete à porta fechada com 130 diretores de escolas, Fernando Alexandre anunciou que definiu o arranque das aulas para 12 de setembro.

Ana Filipa Nunes

Hugo Veigas

Margarida Bento

O ministro da Educação garantiu que tudo está a ser feito para que o próximo ano letivo tenha professores mais motivados e menos alunos sem aulas. Fernando Alexandre diz que pediu às escolas para começarem a 12 de setembro e voltou a lembrar que a contratação de reformados é uma das soluções para combater a falta de docentes.

"Estamos a fazer tudo para que o próximo ano letivo comece de forma diferente, com mais normalidade nas escolas, professores mais motivados e alunos com aulas", disse Fernando Alexandre em Alcochete, onde esteve reunido com cerca de 130 diretores de agrupamentos de escolas de Lisboa e Vale do Tejo.

Questionado sobre os resultados do concurso nacional de professores, que foi conhecido na passada semana, o governante referiu que existem dados positivos, apesar de ainda não haver uma visão global definitiva do tema.

"As escolas estão ainda num período de avaliação e não temos ainda a visão global. Do ponto de vista dos professores, o resultado parece muito positivo: houve muitos professores a entrar para o quadro, professores novos que nunca tinham dado aulas conseguiram já uma vaga no quadro. É um sinal positivo para os novos professores", considerou.

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Fernando Alexandre, que pediu às escolas que façam um "esforço para que [as aulas] comecem efetivamente no dia 12 de setembro", voltou a lembrar que a contratação de professores reformados é "uma das soluções" para combater a falta de professores.

O ministro da Educação considera que a medida pode ser uma parte da solução porque, em muitos casos, uma das dificuldades que vai haver próximos anos é a de substituir o elevado número de professores que se vão aposentar.

"Será sempre temporária e voluntária e trata-se de um mecanismo que procura trazer estes professores à escola por mais algum tempo. Pode ser por um ou dois períodos, por um ano ou mais do que isso. O processo de contratação da escola é feito a convite do diretor que conhece o professor e sabe se este mantém o entusiasmo e paixão pela educação, ajudando o país a resolver um problema gravíssimo", sublinhou.

Os problemas das escolas não se limitam à falta de professores, reconheceu o ministro da Educação, que admitiu existir ainda muito trabalho a fazer na requalificação das instalações e em reduzir as desigualdades.

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