Pelo menos quatro sindicatos da PSP não vão assinar o acordo com o Governo para a atribuição do suplemento de missão. A Ministra da Administração Interna voltou a reunir-se esta terça-feira com os sindicatos da PSP e associações da GNR.
Quatro sindicatos da PSP saíram de uma reunião com a ministra sem acordo, mas outras estruturas sindicais continuam reunidas com Margarida Blasco.
Os quatro sindicatos que saíram da reunião e não chegaram a um acordo foram o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia, Sindicado Nacional da Polícia, Associação Sindical Autónoma de Polícia e o Sindicato dos Profissionais da Polícia.
Em declarações aos jornalistas à saída do encontro, Paulo Macedo, do Sindicato de Profissionais de Polícia (SPP/PSP), refere que é um "não definitivo" do sindicato a esta proposta.
"[A ministra ] prontificou-se a revisionar alguns diplomas que hoje em dia existem na PSP, mas não é isso que hoje estamos aqui a negociar. O que estávamos a negociar é a valorização e retribuição financeira pelo risco", afirma, acrescentando que "é um não definitivo" para esta proposta.
Carlos Torres, do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), considera que a reunião desta terça-feira com a ministra Margarida Blasco foi uma "mão cheia de nada".
Ficou uma reunião agendada para 6 de janeiro de 2025, adianta Carlos Torres, acrescentando que, por isso, "não passam de meras propostas".
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, manteve a proposta de aumento de 300 euros, mas propôs também a revisão dos estatutos das forças de segurança.
A ministra voltou esta terça-feira a reunir-se com os sindicatos da PSP e associações da GNR, um dia depois de o primeiro-ministro dizer que espera um acordo quanto ao suplemento de risco dos polícias.
O Governo propõe um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
Segundo esta proposta do Governo, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.
O atual suplemento de risco e serviço nas forças de segurança é composto por uma componente variável de 20% do ordenado base e de uma componente fixa de 100 euros.
[Artigo atualizado pela última vez às 18:34]
Com Lusa