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Yasmin tem 22 anos, é imigrante e foi burlada ao pagar a desconhecido para fazer marcação na AIMA

Chegou ao homem através de uma publicação no Facebook em que era prometido agendamentos rápidos na Agência de Migrações. Pagou 140 euros, mas só depois se questionou. Quando percebeu que foi vítima de burla, foi ameaçada de morte pelo burlão.

SIC Notícias

Os imigrantes dizem que está cada vez mais difícil fazer um agendamento na Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA). Há mesmo quem entre em desespero e pague a um desconhecido na internet para fazer uma marcação. Muitos acabam por ser burlados.

Yasmin Araújo tem 22 anos. Está em Portugal há três. É do Brasil. Foi uma das pessoas que não conseguiu fazer um agendamento para a AIMA por não haver vagas quando tentava obter a nacionalidade portuguesa. Deixou-se levar pelas promessas de um desconhecido, na internet, para conseguir uma marcação.

"Foi agora em fevereiro. O meu bebé nasceu e eu não estava a conseguir pegar um documento. Eu chamei-o pelo Messenger, ele já pediu para ir para para o Whatsapp. Comecei a falar com ele expliquei, ele falou que 'conseguia, sim'. Ele falou que tinha vaga no SEF".

Chegou ao homem através de uma publicação no Facebook em que prometia agendamentos rápidos. Pagou 140 euros pela promessa de duas marcações, mas só depois é que questionou.

Foi então que decidiu contactar o serviço da AIMA para confirmar os agendamentos, que lhe disse que não havia agendamento em seu nome, nem do marido.

Depois de o confrontar, a família foi ameaçada de morte:

"Senhora se você me ficar perturbando e ficar postando a minha cara, postando o meu número, eu vou atrás de vocês, eu vou matar a sua família. Eu vou matar teu filho, eu sei onde vocês moram. Tenho do documento de vocês", terá dito o burlão.

Contactada pela SIC, a AIMA esclarece que os agendamentos enviados pelos sistemas da AIMA têm sempre origem no domínio "aima.gov.pt", salvo no caso de sistemas de informação que ainda estão em reestruturação, em que são enviados do domínio "sef.pt".

A SIC falou com uma associação de imigrantes, que preferiu não ser identificada, e que recebe dezenas de queixas de pessoas que já caíram em burlas.

A PSP diz que até ao momento não tem registo de qualquer denúncia formal.

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