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Processo Tutti Frutti: Vereadora do PS é a mais recente arguida e o número pode vir a aumentar

Voltou a aumentar o número de arguidos do processo Tutti Frutti. Agora é a vereadora do Partido Socialista (PS) da Câmara de Lisboa, Inês Drummond, a entrar na lista de mais de 20 suspeitos de uma investigação que se arrasta há oito anos.

Diogo Torres

O nome do processo assenta-lhe como uma luva - para cada arguido do Partido Social Democrata (PSD), o Ministério Público tem encontrado outro do Partido Socialista (PS). E agora voltou a acontecer.

Depois do vereador social-democrata, Ângelo Pereira, é agora a vez de uma vereadora socialista da Câmara de Lisboa. Inês Drummond é a mais recente arguida do processo Tutti Frutti, mas à SIC garante que os procuradores se agarram a uma suposta relação de amizade que nunca existiu.

"O Ministério Público estabelece imputações com base num erro. Uma pretensa amizade com outro suspeito. Uma relação totalmente fantasiosa e que até esta semana desconhecia. Essa amizade é falsa", referiu a socialista.

A socialista junta-se a um processo que terá, por agora, mais de 20 arguidos e o número deverá aumentar. A pedido do Ministério Público, a Assembleia da República levantou a imunidade parlamentar a três deputados do Partido Social Democrata (PSD): Carlos Eduardo Reis, Margarida Saavedra e Luís Newton.

O presidente da Junta de Freguesia da Estrela foi alvo de buscas em 2018 e até hoje nunca foi constituído arguido. Há um ano que tenta ser ouvido no processo. A Procuradoria-Geral da República escuda-se no segredo de justiça para não revelar o número concreto de arguidos.

À SIC diz que o Departamentos de Investigação e Ação Penal Regionais (DIAP) de Lisboa continua a recolher provas a inquirir testemunhas e a constituir e interrogar arguidos.

"A investigação, dirigida pelo DIAP de Lisboa, prossegue com a obtenção de prova, a inquirição de testemunhas e a constituição e interrogatório de arguidos", esclarece a Procuradoria-Geral da República.

Mesmo com a equipa especial, criada no ano passado para acelerar a investigação, o processo continua a arrastar-se - já se passaram oito anos.

O caso Tutti Frutti investiga suspeitas de favorecimento a militantes do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Socialista (PS) em contratos públicos e uma suposta troca de favores entre os dois partidos na preparação das listas para as eleições autárquicas de 2017.

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