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Escutas durante quatro anos “não são escutas, são vigilância e era o que PIDE fazia”

Constança Urbano de Sousa afirma que as escutas a João Galamba foram desproporcionais e acrescenta que são "meios muito intrusivos" que só devem ser usados quando "absolutamente necessário".

SIC Notícias

A antiga ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa afirma que as escutas a João Galamba foram desproporcionais e critica as decisões dos juízes de instrução criminal, que diz limitarem-se a “assinar de cruz”.

“Considero que há muitos anos existe uma atuação muito acrítica de muitos juízes, que se limitam a assinar de cruz”, disse, em entrevista à TSF/JN.

Não há outra forma de compreender, diz, como é que alguém está sob escutas durante quatro anos. Acrescenta que as escutas são “meios muito intrusivos” e que só devem ser usados quando “é absolutamente necessário e proporcional”.

“Senão isso ja não é escuta, é vigilância e era o que a PIDE fazia antigamente”, acrescenta.

Recorde-se que a Procuradoria-Geral da República já abriu uma investigação à divulgação de escutas no processo Influencer, que envolvem o antigo primeiro-ministro António Costa. O caso tem gerado polémica e a própria ministra da Justiça já admitiu “desconforto”, defendendo uma “reflexão alargada”.

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