Os dias são curtos para o muito que há ainda a retirar das ruas da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel. Dezenas de funcionários da autarquia limpam aquilo que a água deixou para trás.
Numa primeira avaliação já é possível traçar um esboço dos danos causados pelas cheias.
"Estamos a falar de prejuízos de nunca menos de meio milhão de euros. E a conta é muito simples: nós tivemos 20 famílias afetadas (...) Se cada moradia, se cada família, tiver uma estimativa de custo a rondar os 5 mil euros, que não é nada fora do comum, só em famílias estamos a falar de 100 mil euros", explica Alexandre Gaudêncio, presidente da câmara municipal de Ribeira Grande.
As ruas do concelho já estão transitáveis, mas numa das freguesias mais afetadas há ainda zona fechada ao trânsito.
"Na freguesia de Ribeirinha estamos neste momento a avaliar os prejuízos da ponte, que é uma zona de passagem, quer de pessoas, quer de viaturas, que está interdita neste momento ao trânsito por precaução. Estamos neste momento com peritos da direção regional das obras públicas para avaliar este prejuízo", diz Alexandre Gaudêncio.
Mas a quase totalidade dos desalojados pode respirar de alívio. "Apenas uma família é que esta noite pernoitou num alojamento local aqui muito perto. Todas as outras regressaram às suas casas, aliás muitas delas optaram por não sair de casa porque aproveitaram outras divisões que não foram afetadas", relata o presidente da Câmara Municipal de Ribeira Grande.
Até ao final da semana deverá ficar concluído o relatório final dos prejuízos para que seja ativado o fundo de emergência climática dos Açores.