Com cerca de 400.000 processos pendentes na Agência para a Integração Imigrações e Asilo (AIMA), o ministro da Presidência promete regras mais apertadas na política de imigração e ao mesmo tempo um tratamento mais favorável a quem chega de países de língua portuguesa. Já o presidente da República diz que é preciso recuperar o tempo perdido.
O sindicato dos Trabalhadores da AIMA pede mais investimento para que o trabalho possa ser feito. Avança o jornal Expresso, cerca de 100 trabalhadores estão de saída, depois de terem pedido transferência para outros serviços.
Na segunda-feira, é apresentado o Plano de Ação para as Migrações. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, explica que vai ter regras, nalguns casos, mais apertadas, um tratamento mais favorável a quem chega de países de Língua Portuguesa e deixa criticas à política migratória seguida pelo Governo do PS.
"Erro político profundo do Governo anterior que tem consequências nos fluxos e no processo migratório, mas num limbo indigno em que vivem milhares de pessoas hoje em Portugal vão reforçar meios financeiros, suponho, e contratações? Nós temos, naturalmente, quer no plano da resolução do urgente quer na do funcionamento do longo prazo, dar condições urgentes, agora a responsabilidade do que temos não pode ser imputada aos trabalhadores da AIMA. Todas as pessoas, incluindo o Conselho Diretivo da AIMA, receberam uma herança pesadíssima", atirou.
No ano passado, de acordo com o Governo, Portugal processou perto de 180.000 regularizações de imigrantes. Neste momento, serão cerca de 400.000 os processos pendentes.