O novo Plano de Emergência Para a Saúde foi aprovado pelo Conselho de Ministros e apresentado pelo Governo, esta quarta-feira. Assente em cinco eixos estratégicos, o segundo intitula-se de "Bebés e Mães em Segurança". O seu principal objetivo passa por "criar um ambiente seguro para o nascimento e oferecer suporte consistente às mulheres durante a gravidez".
Durante a apresentação deste plano o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, defendeu que o Governo quer acabar com o "drama" que as mulheres grávidas e as suas famílias enfrentam por não saberem a que Unidade de Saúde se devem dirigir quando têm um problema.
Não nos conformamos com uma circunstância em que muitas famílias e muitas mães não sabem a Unidade de Saúde a que se devem dirigir quando têm um problema."
Quais são as medidas (urgentes) apresentadas?
- Criação de canal de atendimento direto para a grávida, alavancando na linha SNS 24 (SNS GRÁVIDA).
“Depois de uma triagem, para percebermos que tipo de situação temos, [a gravida] é encaminhada para a maternidade ou bloco de partos que naquele momento esteja disponível e é mais perto da sua residência. Isto é muito importante para que as pessoas não se sintam de alguma maneira perdidas", explica Ana Paula Martins, Ministra da Saúde.
- Atribuição de incentivos financeiros para aumentar a capacidade de realização de partos.
- Reforço de convenções com o setor social e privado.
A falta de médicos faz com que na região de Lisboa e Vale do Tejo, os hospitais públicos não tenham capacidade para receber todas as grávidas. O reencaminhamento para hospitais do setor privado vai continuar para mulheres em trabalho de parto com mais de 36 semanas de gestação e sem fatores de risco.
As convenções com os setores social e privado vão ser reforçadas e vai ser criado um sistema de incentivos financeiros para que se façam mais partos nos hospitais do serviço nacional de saúde.
O plano prevê ainda a revisão da tabela de preços convencionados para os meios complementares de diagnóstico, em particular as ecografias obstétricas.