O nome de Gandra d'Almeida não estava na lista, quando foi anunciada a composição da task force que está a elaborar o plano de emergência para a Saúde, mas nas ultimas semanas o futuro diretor do SNS tem acompanhado a elaboração do documento.
Habituado a dar resposta rápida em crises humanitárias, Gandra terá poucos dias para por em pratica um plano que apresenta medidas de curto prazo - a três meses - e outras de médio prazo - para seis - e uma visão para mudanças mais estruturais.
O plano têm cinco prioridades. A recuperação das listas de espera é a primeira, divida em dois eixos de atuação.
Há uma equipa que está a elaborar respostas para os doentes que esperam por uma consulta e outra que tem trabalhado nas soluções para os que aguardam por uma cirurgia.
Os doentes oncológicos, por exemplo, vão poder ser operados nas horas extra. Os médicos e enfermeiros que aceitem trabalhar mais receberão, para lá do ordenado, 90% do valor de cada cirurgia.
Para além das listas de espera, o plano de emergência tem medidas para outras 4 áreas:
- a falta de médicos de família
- a saúde maternoinfantil - que pretende resolver o problema da falta de equipas nas maternidades
- os serviços de urgência
- a saúde mental
Cada área foi acompanhada por um coordenador responsável, que são médicos e administradores hospitalares.
Plano será apresentado em Conselho de Ministros
Foram ouvidas 160 organizações da saúde, incluindo hospitais privados e instituições sociais, mas ao que a SIC apurou não estão para já previstos novas parcerias fora do SNS.
O plano de emergência para a saúde deverá ser apresentado ainda esta semana num Conselho de Ministros extraordinário. Se assim for, cumprir-se-à a promessa do Governo em apresentar as medidas para a Saúde até 60 dias após a tomada de posse.
No Ministério da Saúde, as equipas correm contra o tempo, pois há medidas que ainda estão para aprovação nos gabinetes jurídicos.