Encomendado pelo anterior governo, o logótipo da República teve aplicação durante menos de um ano. O novo governo substituiu-o no primeiro Conselho de Ministros. Mas esta sexta-feira ganhou o prémio Ouro na categoria de Branding, no Clube de Criativos de Portugal.
O logótipo que o governo anterior decidiu encomendar para modernizar a imagem da República portuguesa teve uma vida curta. Em novembro, Luís Montenegro, ainda enquanto candidato a primeiro-ministro, prometeu nas redes sociais que o iria substituir pelo logótipo anterior. Foi o seu post mais visto de sempre e cumpriu o prometido, logo no primeiro Conselho de Ministros.
A decisão foi muito criticada por designers e especialistas em comunicação, porque o logótipo entretanto reintroduzido tinha uma imagem antiga e de difícil utilização digital, ao contrário do símbolo ‘deposto’, da autoria de um dos mais premiados designers portugueses, Eduardo Aires, considerado moderno e de fácil utilização em todos os meios, em particular digitais.
Esta sexta-feira, no anúncio dos prémios do Clube de Criativos de Portugal, o trabalho do atelier de Eduardo Aires recebeu o prémio Ouro na categoria de Branding (definição visual de marca). Fica automaticamente apurado para os prémios do Art Directors Club Europe.
Foi, assim, considerado pelos seus pares como o melhor trabalho de branding feito em Portugal em 2023.
Já o Ouro na categoria de publicidade foi entregue à Uzina, pelo celebre anúncio da estante IKEA “boa para guardar livros ou 75.800 euros”, que provocou grande debate político.