André Ventura é contra a proposta, feita pelo presidente da Assembleia da República, de criar uma figura de voto para repudiar discursos de ódio no Parlamento. O líder do Chega afirmou, esta quarta-feira, que é “uma má ideia”.
“O Parlamento já é tão entupido com burocracia, se nós criarmos mais burocracia, um dia não se consegue discutir nada”, queixou-se André Ventura, que fala numa “polícia da linguagem”.
“Andamos a discutir se, na Assembleia da Républica, podemos dizer “turcos”, “chineses”, “vi-me grego””, ironizou André Ventura. “Somos radicalmente contra isto. São os outros partidos que estão a criar este ambiente, não somos nós.”
Para o presidente do Chega, o deputado que "disser coisas que não deve”, é julgado pelos “portugueses”, e não pelo presidente da Assembleia da República.
Novo diretor-executivo do SNS? Ventura desafia Montenegro a extinguir cargo
Questionado sobre a nomeação de António Gandra d’Almeida como sucessor de Fernando Araújo à frente da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), André Ventura manifesta-se “estruturalmente contra”.
O líder do Chega ressalva que não está em causa a pessoa – sublinhando acreditar no “empenho e vontade” do novo diretor-executivo -, mas a existência do cargo em si.
“Se temos ministro da Saúde, por que temos de ter mais um cargo com funções executivas? É mais um tacho, é mais um salário”, atirou.
André Ventura desafia mesmo o Governo de Luís Montenegro a extinguir o cargo – e vai mais longe, pedindo-lhe que reduza em 25% os cargos políticos e a frota automóvel do Estado.