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Nos laboratórios da Universidade de Coimbra estudam-se as abelhas: porquê?

Assinala-se esta segunda-feira o Dia Mundial da Abelha. As ameaças a estes insetos, fundamentais para a polinização, são muitas. Por isso, na Universidade de Coimbra, têm sido estudadas para se perceber como podem ser protegidas.

Ricardo Venâncio

Pedro Castanheira

O trabalho está a ser feito a nível europeu e o laboratório na Universidade de Coimbra é apenas uma das faces do projeto Better-B, que pretende criar colmeias mais resilientes para proteger o equilíbrio dos ecossistemas e a segurança alimentar, garantidos pelas abelhas.

Em Coimbra, tem-se testado a resistência dos insetos ao calor e ao frio. No entanto, as alterações climáticas são apenas um dos problemas. Novos predadores, como a vespa asiática, pesticidas e doenças são outras ameaças.

No campo, tenta-se perceber em que medida o excesso de abelhas produtoras de mel pode ter impacto no ecossistema. Em Portugal, existem 700 espécies de abelhas, também fundamentais para a polinização, e a maioria vive de forma solitária.

Apesar de todas as ameaças e dificuldades, a importância deste inseto para a natureza e para as produções agrícolas continua a cativar jovens a aderir à apicultura. Só na cooperativa Lousãmel, 20% dos associados são jovens.

São, de resto, os jovens os principais visados da campanha deste ano do Dia Mundial da Abelha, para que sejam o futuro da apicultura e, assim, também da natureza.

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