O trabalho está a ser feito a nível europeu e o laboratório na Universidade de Coimbra é apenas uma das faces do projeto Better-B, que pretende criar colmeias mais resilientes para proteger o equilíbrio dos ecossistemas e a segurança alimentar, garantidos pelas abelhas.
Em Coimbra, tem-se testado a resistência dos insetos ao calor e ao frio. No entanto, as alterações climáticas são apenas um dos problemas. Novos predadores, como a vespa asiática, pesticidas e doenças são outras ameaças.
No campo, tenta-se perceber em que medida o excesso de abelhas produtoras de mel pode ter impacto no ecossistema. Em Portugal, existem 700 espécies de abelhas, também fundamentais para a polinização, e a maioria vive de forma solitária.
Apesar de todas as ameaças e dificuldades, a importância deste inseto para a natureza e para as produções agrícolas continua a cativar jovens a aderir à apicultura. Só na cooperativa Lousãmel, 20% dos associados são jovens.
São, de resto, os jovens os principais visados da campanha deste ano do Dia Mundial da Abelha, para que sejam o futuro da apicultura e, assim, também da natureza.