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Santana Lopes nega ter sido convidado para provedor da Santa Casa

O antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e atual autarca da Figueira da Foz, afirma que se está a “dar cabo” da instituição.

SIC Notícias

Pedro Santana Lopes nega ter sido convidado pelo Governo para voltar a ser provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. No programa Expresso da Meia-Noite, na SIC Notícias, o antigo provedor desmentiu a notícia, avançada pelo semanário Nascer do Sol.

Esta sexta-feira, o Nascer do Sol afirmava, na primeira página, que Santana Lopes teria sido convidado para o cargo, mas recusara abandonar a Câmara Municipal da Figueira da Foz, que agora lidera.

Na SIC Notícias, Santana Lopes desmente a existência do convite em questão.

“Não fui [convidado]”, declarou o antigo provedor.

“Eu vejo tanta coisa, às vezes, que não corresponde à realidade”, continuou.

Questionado sobre se gostaria que o convite para regressar à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tivesse acontecido, Santana Lopes respondeu que “adora” a instituição, mas que tem já outro cargo.

“Neste momento, sou presidente da Câmara da Figueira. Não ia para lá. Não saio da Figueira. Ponto”, declarou.

Mesmo recusando, nesta altura, regressar à instituição, Santana Lopes lamenta a situação em que a Santa Casa se encontra.

“Estão a dar cabo da Santa Casa”, sublinhou. “Devia haver juízo para se encontrar uma solução consensual para a Santa Casa, porque isto parte-me o coração.”

O Governo exonerou, na última semana, a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, demitindo a atual provedora Ana Jorge.

Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social justificou a decisão com "graves problemas financeiros e operacionais", e com uma "rutura de tesouraria". A ministra Maria do Rosário Ramalho alegou depois que Ana Jorge não tinha capacidade para resolver os problemas da instituição e que tinha retirado benefícios próprios da instituição.

Ana Jorge respondeu que se sentiu maltratada e prometeu responder com números à alegada calúnia e má-fé, de que considera estar a ser vítima.

Recorde-se que, por não terem concluído um ano em funções, a provedora e os membros da Mesa da Santa não têm direito a qualquer indemnização.

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