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"Não me arrependo": Marcelo reforça ideia sobre ex-colónias e diz estar alinhado com Governo

Presidente da República diz que não se arrepende das declarações em que pede para Portugal pagar "reparações" pelos crimes cometidos durante a era colonial. “É uma ideia antiga minha, que tem dado fruto ao longo dos últimos 50 anos”.

Daniel Pascoal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial a Cabo Verde, comentou as declarações que fez, durante uma conversa com jornalistas internacionais, sobre a necessidade de Portugal pagar “reparações” pelos crimes cometidos durante o período de escravatura e da era colonial.

Depois de ser criticado, principalmente pelos partidos de Direita, o Presidente da República garante não ter dito nada de novo e que está alinhado com o Governo, apesar do comunicado do Executivo de Luís Montenegro em que afirma não estar em causa “nenhum processo” de reparação pelo passado colonial português.

“O Governo, antes de difundir o comunicado, mostrou ao Presidente da República que estava de acordo. (…) Eu limitei-me a repetir o que já tinha dito na Assembleia da República. Perguntaram-me e não podia deixar de responder”.

"O primeiro-ministro submeteu o comunicado, eu tinha acabado de falar na mesma linha, acho que [são duas coisas que] se completam muito bem" (…) “Há liberdade de pensamento e opinião em Portugal”.

Marcelo diz que não se arrepende das declarações. “É uma ideia antiga minha, uma ideia que tem dado fruto ao longo dos últimos 50 anos e que está a dar mais agora”.

Questionado sobre a ideia lançada por Nuno Melo de implementar o serviço militar obrigatório para jovens que cometem pequenos delitos, ou sobre a exoneração de Ana Jorge da Santa Casa da Misericórdia, o chefe de Estado negou “comentar ideias ou medidas do Governo”.

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