Três semanas depois das eleições legislativas e pouco mais de uma semana depois de Luís Montenegro ter sido indigitado primeiro-ministro, chegou o dia. O novo Governo toma posse esta terça-feira, às 18:00, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda.
O novo Executivo - o terceiro empossado por Marcelo Rebelo de Sousa, mas o primeiro liderado pelo PSD - é composto por 17 ministros, não sendo ainda conhecidos os secretários de Estado. Estes só tomarão posse na próxima sexta-feira.
Maioria dos ministros pertence ao núcleo duro do PSD
O Governo de Montenegro terá dois ministros de Estado: o dos Negócios Estrangeiros - Paulo Rangel - que será o "número dois" do Governo, e o das Finanças - Joaquim Miranda Sarmento.
Montenegro terá ainda um ministro Adjunto - Manuel Castro Almeida, com a pasta da Coesão Territorial - e que aparece em quinto lugar na hierarquia governamental, a seguir ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e antes do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
De notar que a maioria dos ministros pertence à Comissão Permanente do PSD - o chamado núcleo duro do partido.
Há ainda quatro nomes apresentados como independentes, todas ministras. E por falar em igualdade de género, o XXIV Governo terá sete ministras, menos duas do que o último Executivo do PS, liderado por António Costa.
Montenegro vai quebrar o silêncio: o que esperar?
Está em silêncio (quase total) desde a noite eleitoral, mas esta terça-feira Luís Montenegro falará ao país, já na qualidade de primeiro-ministro, depois de tomar posse.
Neste discurso, que se seguirá ao do Presidente Marcelo, espera-se que o novo chefe de Governo aborde os principais desafios da legislatura em matéria de governabilidade e também as prioridades que foram sendo apontadas durante a campanha.
Desde o dia 10 de março, Luís Montenegro só falou à comunicação social no final das duas audiências que teve em Belém com o Presidente.
"Transmiti ao Presidente da República que a nossa motivação é a mesma da campanha eleitoral: estamos focados nos problemas dos portugueses, na vida de cada cidadão que vive e trabalha em Portugal, respeitando a vontade do povo português de promover uma mudança de Governo, de primeiro-ministro e de políticas em Portugal", disse, na altura.
Com LUSA