A Polícia Judiciária deteve esta sexta-feira um suspeito de homicídio e profanação de cadáver de um homem cujos restos mortais foram encontrados esta terça-feira na Lapa, em Lisboa.
Trata-se de um homem de 48 anos e nacionalidade espanhola que mantinha “uma relação de intimidade com a vítima”, revelou em conferência de imprensa o diretor da diretoria da Polícia Judiciária de Lisboa e Vale do Tejo, João Oliveira. “São namorados”, clarificou.
O suspeito foi detido e deverá ser presente este sábado ao Tribunal de Instrução Criminal.
A PJ conseguiu identificar primeiro o suspeito do crime e só depois a identidade da vítima, um homem de 36 anos com nacionalidade brasileira que residia em Portugal há algum tempo.
Está por encontrar a parte superior do corpo, o que dificultou o trabalho das autoridades. As duas tatuagens “de dois animais diferentes" e uma tatuagem com caracteres árabes "foram determinantes" para a identificação da vítima.
São desconhecidos “todos os antecedentes” da relação entre os dois homens, mas a PJ sabe que “o relacionamento entre eles já tinha algum tempo, eventualmente anos”, revela João Oliveira.
O suspeito tinha habitação próxima do local onde o corpo mutilado foi encontrado, dentro de um saco de plástico, junto a um caixote do lixo no bairro da Lapa, em Lisboa. A PJ admite que o autor do crime tenha transportado o cadáver para aquele local “a pé”.
Sabe-se ainda que o suspeito trabalhava na área imobiliária e que a vítima estava a estudar em Portugal na área médica.
Segundo a análise dos restos mortais pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, sabe-se que o desmembramento do corpo ocorreu post mortem, mas não é conhecido ainda o que terá provocado a morte da vítima.
Apesar de não poder revelar todas as informações de que as autoridades dispõem, para não prejudicar a investigação em curso, João Oliveira explicou que a PJ entendeu prestar alguns esclarecimentos face às notícias que têm sido divulgadas sobre o caso.