O grupo de ativistas Greve Climática Estudantil abriu, durante a madrugada desta quarta-feira, uma faixa no topo do edifício do Banco de Portugal, em Lisboa.
Na faixa de grandes dimensões pode ler-se: "Governo a defender o lucro fóssil=Resistência Estudantil. Fim ao Fóssil 2030".
“O fim ao fóssil até 2030 não é negociável”
O coletivo diz, em comunicado, que os estudantes subiram ao telhado do Banco de Portugal e exibiram a faixa com o objetivo de alertar para a necessidade de acabar com a utilização de combustíveis fósseis até 2030 e "de gás fóssil para produzir eletricidade" até 2025.
Por outro lado, exigem "eletricidade 100% renovável e gratuita, através de um serviço público de energias renováveis".
"O Governo que vai ser formado nos próximos dias não vai ter um plano para o fim ao fóssil nos prazos da ciência. O fim ao fóssil até 2030 não é negociável, é uma necessidade existencial. E sabemos que é possível. Podíamos ter eletricidade 100% renovável e gratuita até ao próximo ano. Os obstáculos não são técnicos ou científicos. O único obstáculo é a decisão política de colocar o lucro das empresas fósseis acima da nossa vida", diz Leonor Chicó, estudante e porta-voz desta ação, citada no comunicado.
Já Matilde Ventura, outra porta-voz da ação de protesto, diz, também ela citada na nota partilhada pelo grupo de ativistas, que o coletivo "está no lado certo da história" e que não vai "dar paz ao Governo até que garanta o futuro".
Para maio, a Greve Climática Estudantil está a convocar uma onda de ações com o nome "Primavera Estudantil pelo Fim aos Fósseis".