No Agrupamento de Escolas D. João II, com o final do ano letivo a pouco mais de três meses, a esperança de preencher todos os horários é já praticamente inexistente. Faltam cinco docentes, três no 1.º ciclo e dois no 2.º e 3.º ciclo - nas disciplinas de Português/História e de Inglês, o que afeta 400 alunos de um total de 1750 que frequentam as escolas deste agrupamento do concelho de Sintra.
"Já temos essa quase certeza absoluta que não vamos ter colocações. No que diz respeito aos colegas que lecionam Inglês não tem sido possível, desde o início do ano letivo, substituí-los, como temos visto noutras escolas", adianta à SIC Paulo Campos, diretor do Agrupamento de Escolas D. João II.
Os alunos que frequentam o 2.º (5.º e 6.º ano) e o 3.º ciclos (7.º ao 9.º ano) estão por isso sem aulas de pelo menos uma dessas disciplinas. No caso dos mais pequenos, a solução foi colocá-los noutras turmas, que chegam agora aos 30 alunos, o que "não permite trabalhar com qualidade com todos", lamenta o responsável, que está à frente do agrupamento há sete anos e nunca sentiu "tanta dificuldade como este ano".
As cinco vagas por preencher neste agrupamento devem-se a baixas médicas prolongadas. Na mesma situação, a enfrentar as mesmas dificuldades, estão escolas por todo o País. Com os exames nacionais e as avaliações finais aí à porta, a FENPROF estima que mais de 40 mil estudantes tenham falta de pelo menos um professor.