Mais de 40.000 alunos estão sem professor a, pelo menos, uma disciplina. Os números são da Fenprof, que alerta para a desigualdade que pode provocar em alunos que vão realizar exames.
Agrava-se o problema da falta de professores, que se sente, não apenas no início, mas até ao final do ano letivo. Nas contas da Fenprof, e tendo como base os horários por preencher lançados pelas escolas na semana passada, há 42.000 alunos sem professor a, pelo menos, uma disciplina. Há 15 dias o contador de professores somava 30.000.
As disciplinas com maiores carências são Educação Especial, Português, Inglês, Geografia e Matemática. A situação torna-se mais problemática porque há alunos que daqui a três meses vão realizar exames e as desigualdades serão inevitáveis.
Em tempo de campanha a falta de professores é o tema central das ações da Fenprof, que insiste nos apelos para que se valorize e se atraiam docentes para uma profissão há muito em défice.
Lisboa é onde faltam mais professores
O distrito com mais alunos sem professor é Lisboa, seguido de Setúbal, Faro, Porto, Santarém e Leiria. No primeiro trimestre deste ano aposentam-se 1.048 professores.
Para fazer face a saídas, só no primeiro período, de acordo com os números da Fenprof, as escolas contrataram mais de 3.100 professores sem profissionalização, o número mais elevado deste milénio.