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Falta de professores pode agravar-se: aposentações estão a bater recordes

Na escola pública tem sido visível, o envelhecimento dos professores. Só nos três primeiros três meses do ano, mais de 1.000 deverão ir para a reforma - um número recorde e que poderá manter-se ao longo de todo o ano.

Elsa Gonçalves

Gonçalo de Freitas

A falta de professores pode agravar-se porque a aposentação está a bater recordes. De acordo com números da Caixa Geral de Aposentações, no primeiro trimestre deste ano 1.048 docentes vão deixar a profissão.

Se o ritmo se mantiver ao longo do ano, em 2024 podem sair mais de 4.900 docentes - o número mais elevado do milénio que iria superar o recorde de 2013, ano em que se reformaram 4.628 docentes.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tem alertado para a dificuldade de colocar e substituir professores e, com eleições marcadas, reforça aos partidos o que tem pedido ao Governo: que sejam criadas condições para atrair e reter profissionais.

Este ano, o número de candidatos a entrarem para cursos de educação aumentou 10%. No entanto, só no ano passado o número de professores aposentados superou os 3.521.

Serão necessários 3.500 novos professores

Segundo o diagnóstico pedido pelo Governo à Universidade Nova de Lisboa, 40% dos professores que davam aulas em 2019 vão reformar-se até 2030.

Para compensar as saídas, serão necessários cerca de 3.500 novos docentes.

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