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Buscas nos Super Dragões: recorde o episódio que levou à detenção de Fernando Madureira

Este não é o primeiro problema que o líder da claque do FC Porto enfrenta. Em 2010, por exemplo, Madureira foi condenado a pena suspensa de um ano de prisão por resistência e coação a agentes da PSP.

Cristina Freitas

Miguel Castro

SIC Notícias

A operação levada a cabo na manhã desta quarta-feira, no Grande Porto, está relacionada com vários episódios de violência que envolvem a claque Super Dragões. O último aconteceu na assembleia-geral do FC Porto, há quase três meses.

A contestação veio das bancadas em resposta à intervenção de um adepto, que deixou críticas à atual direção. Quando o adepto em questão abandonou o púlpito foi agredido de imediato.

O episódio levou à suspensão da assembleia-geral do FC Porto, a 13 de novembro, que tinha como objetivo debater uma alteração aos estatutos.

Os jornalistas não tiveram permissão para assistir e as autoridades nunca entraram em cena por se tratar de um evento privado e porque da mesa da assembleia-geral não terá vindo um pedido de intervenção da polícia.

Mesmo antes deste episódio já o ambiente nas bancadas do Dragão Arena era de grande tensão e o que se viu foi um alastrar das agressões, verbais e físicas, entre sócios.

Se acabou mal, a verdade é que a assembleia já começou com o pé esquerdo num auditório dentro do estádio, sem capacidade para os adeptos que queriam assistir.

Mesmo quando foi transferida para o pavilhão, muitos adeptos ficaram de fora, o que gerou críticas à organização. A assembleia-geral extraordinária foi depois adiada, com o clube a condenar, em comunicado, a violência que se instalou. Os alegados responsáveis pelas agressões estarão ligados à claque dos Super Dragões, liderada por Fernando Madureira.

Fernando Madureira e os problemas com a justiça

Em 2010, Madureira foi condenado a pena suspensa de um ano de prisão por resistência e coação a agentes da PSP. Já em 2021 foi condenado ao pagamento de uma multa de 2.600 euros e impedido de entrar em recintos desportivos durante cinco meses. Em causa estavam atos de incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância e também arremesso de objetos. Tudo aconteceu em quatro jogos da Primeira Liga, entre 2018 e 2020. Também chegou a enfrentar a justiça por insultar um árbitro.

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