Depois de, em entrevista à Rádio Renascença, Maria do Céu Antunes ter admitido essa possibilidade, agora, a partir de Bruxelas, esclareceu que esse caminho “não está em cima da mesa”.
“Não está em cima da mesa fazer o decreto. O que queremos mesmo é ter medidas que ajudem os agricultores e os cidadãos a minimizarem o impacto que esta seca está a ter sobre as suas vidas. Mais do que qualquer estado ou decreto, o que nos importa é ter respostas para a vida das pessoas”, declarou a ministra da Agricultura.
Agricultura terá de reduzir 25% em consumos
Chegou a falar-se em cortes de 70% no consumo agrícola, mas o Governo cedeu aos protestos do setor. Para mitigar os efeitos da seca, a agricultura vai ter de reduzir em 25% os consumos no Algarve, sendo que no sotavento esse valor sobe para 50%.
O consumo urbano e o turismo ficam pelos 15%. As decisões foram anunciadas na semana passada depois de uma reunião interministerial da seca, que decorreu em Faro.
As seis barragens do Algarve, por si só, já não têm água para assegurar o abastecimento da região até ao final do ano, mas as medidas deverão assegurar o consumo até ao próximo ano, com a reativação do aquífero da luz de Tavira.
A situação de seca severa vai obrigar a reabilitar furos municipais e o turismo apenas pode usar rega de sobrevivência.
Vai haver redução da pressão da água que chega a casa dos algarvios e a rega de jardins e enchimento de piscinas terão controlos mais apertados.
As medidas urgentes incluem apoios para os agricultores