O atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, foi o antepenúltimo orador previsto na Convenção da AD e atravessou temas desde a Saúde, Habitação e Imigração. O social-democrata elevou os feitos nos últimos dois anos em Lisboa, como a Fábrica dos Unicórnios e disse que a AD tinha "audácia" para dar "uma vida melhor aos portugueses".
O presidente da CML iniciou o seu discurso a relembrar a Aliança Democrática de 1980.
"Eu era muito novo quando a AD foi a votos pela primeira vez. Vivia em Beja, onde era muito difícil não ser de esquerda. Lembro-me dos que me rodeavam e eram de esquerda, mas sentiam que algo se passava de diferente naquele momento, sentia um misto de emoções, por aqueles homens e mulheres que queriam trazer um projeto que levava uma vida melhor para os portugueses", recordou Carlos Moedas.
Acrescentou que esses líderes da AD antiga, como Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles são os responsáveis por haver "um Portugal livre, plural democrático", disse.
"A AD é um projeto de futuro, a AD é o futuro", exclamou Carlos Moedas.
"A audácia de olhar para a frente, de não ter medo, de olhar para o futuro. Hoje os portugueses sentem medo receio do futuro, isso não é justo, mas foram 10 anos de socialismo, de estagnação, resignação, de desistência das próprias pessoas, e hoje a AD está aqui para trazer a não resignação, a AD é olhar para o futuro com essa esperança, nós queremos trazer isso a Portugal"
O social-democrata pediu à sua plateia para se relembrar do que foi feito nos últimos dois anos em Lisboa, sob a sua liderança. Deu, em primeiro lugar, o exemplo da Fábrica dos Unicórnio, que foi “ridicularizada na altura pelo PS”.
Essa ridicularização Carlos Moedas atribui ao “medo que a esquerda tem da audácia”, pois a “esquerda não quer que as pessoas tenham iniciativa própria”.
“Dois anos depois provamos a essa esquerda que essa audácia traz resultados”, disse Moedas, e relembrou o prémio de Capital da Inovação Europeia que Lisboa venceu em 2023.
Depois, o presidente da CML criticou a política económica do PS, argumentando que sob a governação socialista é o Estado escolhe. No entanto, reforçou que com a AD "são os portugueses que escolhem" e desvalorizou o projeto económico do PS, apelidando-o de "dirigismo".
"Pedro Nuno Santos decidiu mal e gastou o dinheiro do contribuinte e nós não queremos essas escolhas, o país não quer essas escolhas", exemplificou.
Ao contrário do atual secretário-geral do PS, Carlos Moedas disse que “a AD é de confiança”.
A imigração
A respeito da imigração, Carlos Moedas denunciou um “drama humanitário” na capital, onde “metade das pessoas em situação de sem abrigo são estrangeiras”.
Daí, Moedas interrogou: "é isso um país que recebe as pessoas sem dignidade? Esse é o país do PS, não é o nosso país".
"Nós não podemos tolerar estes atentados à dignidade humana, temos de ter uma política de imigração clara e dar dignidade aos imigrantes. É terem contrato de trabalho, todos são portugueses aqueles que aqui chegam", exclamou.
Carlos Moedas terminou a sua intervenção a pedir apoio para Luís Montenegro que irá lutar “pela vida melhor” que os portugueses “merecem”.
“Aquilo que é verdadeiro e vem do coração é que queremos uma vida melhor para os nossos filhos e merecemos essa vida melhor e a AD representa esses novos tempos, essa audácia, confiança! Luís Montenegro, próximo primeiro-ministro de Portugal, vamos lutar por essa vida melhor”, terminou.