Foram registadas quase 300 ocorrências em Portugal continental até às 7:00 da manhã, a maioria relacionada com quedas de árvores, de estruturas e inundações. A região de Lisboa e Vale do Tejo é das mais afetadas, sobretudo Setúbal. Carlos Pires indica que a partir de sexta-feira vai haver um desagravamento e “na próxima semana vamos ter tempo ensolarado”.
O climatologista garante que “o pior já passou de facto, foi ontem à tarde, com a passagem da superfície frontal, que está a passar por Espanha, neste momento”.
Carlos Pires explica que "tendencialmente o tempo vai desagravar-se um bocadinho, mas quinta-feira volta uma nova depressão, já não é a tempestade Irene, será uma outra. Quinta e sexta-feira vai haver uma nova depressão, mas muito mais fraca do que esta tempestade Irene. Para depois, finalmente, a partir de sexta à tarde, entrarmos num regime completamente diferente".
Lisboa, Setúbal e Leiria estão esta quarta-feira sob aviso laranja devido à previsão de agitação marítima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que colocou também todos os distritos do continente a amarelo por causa da chuva e vento fortes. O aviso amarelo estende-se também à região sul da Madeira e a Porto Santo.
Previsão para a próxima semana
De acordo com o climatologista Carlos Pires, “na próxima semana vamos ter tempo ensolarado, a partir de sexta à tarde, sábado, durante toda a próxima semana, um abaixamento significativo das temperaturas devido ao arrefecimento noturno, mas também um aumento das máximas devido ao tempo ensolarado que se espera na próxima semana”.
Em entrevista na SIC Notícias, o climatologista indica que "a partir de sábado há uma mudança de tempo completa.
Carlos Pires diz que toda a próxima semana será estável e que não haverá oscilações, mas que “nada nos diz que durante o mês de fevereiro, voltemos outra vez a ter outras outras tempestades”.
Situação “extremamente crítica” de seca no Algarve
O climatologista faz ainda referência à situação “extremamente crítica” de seca, que se vive no Algarve e esclarece que “na região centro e norte não há preocupação”.
“Não sei se por má gestão da água, provavelmente, há que fazer obras, espera-se o transvaze do Guadiana para o Algarve, mas isso ainda demorará algum tempo, e outras medida. Há água apenas para os próximos 8 meses e então há que fazer reduções no consumo da água e essa gestão tem que ser muito cuidada”, sublinha Carlos Pires.