Na carta, a que a SIC teve acesso, o antigo primeiro-ministro exige uma resposta do diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) à queixa feita há cerca de quatro meses contra os procuradores que investigaram o processo EDP.
“Desejo juntar à suspeita de viés político na investigação do processo EDP, que está na base da referida reclamação, uma outra informação que entretanto foi tornada pública pela revista Sábado – um dos procuradores do processo EDP desempenhou funções de assessor num gabinete ministerial no Governo PSD-CDS. Repito: um dos procuradores foi assessor num governo PSD-CDS.”
Prossegue Sócrates que "este simples facto devia levar a Procuradoria a olhar a suspeita de motivação política com outros olhos.”
Além disso questiona a PGR sobre uma alegada dualidade de critérios depois de, na queixa de setembro, ter mencionado uma suspeita de financiamento ilegal de uma campanha do PSD com base numa carta rogatória das autoridades brasileiras que consta do processo EDP.
“Esse é também o procurador que abriu um inquérito crime contra o atual primeiro-ministro socialista, criando uma crise política, fazendo cair o Governo e provocando eleições antecipadas. Julgo que nada mais é preciso dizer.”