No habitual espaço de comentário, Luís Marques Mendes analisa o crescimento daquela que é, de acordo com as sondagens para as legislativas de 10 de março, a terceira maior força política. O líder do Chega, André Ventura, afirmou este domingo estar “preparado para governar”.
No fim de semana em que decorreu a VI Convenção do Chega, Luís Marques Mendes defende
“Eu acho que ele não se moderou e, portanto, acentuou a natureza do Chega como um partido de protesto e de contestação”, defende Marques Mendes.
"Podia ter apresentado um ou outro nome para sinalizar a ideia de Governo, mas também não houve. Também as propostas para o futuro não indiciam ser de quem está a pensar ir para o Governo", acrescenta.
Reversão da extinção do SEF?
O líder do Chega, André Ventura, anunciou este domingo que quer, na próxima legislatura, reverter a Lei da Nacionalidade e também a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas Marques Mendes afirma que “quem vai para o Governo não pensa numa coisas dessas”, pois fazê-lo era motivo para “criar caos”.
“A extinção do SEF até pode ter sido uma ideia errada, e gerou enorme caos e perturbação no setor, mas agora reverter essa situação é que era pior a emenda do que o soneto. Então é que era criar caos durante dois, três ou quatro anos. Eu acho que acabava mais depressa o Governo do que o caos”, defende.
Análise do crescimento do partido: sondagens de dezembro
Luís Marques Mendes defende ainda que, a confirma-se, este é o maior crescimento do partido desde a fundação do partido.
Acrescenta que “ao contrário do que se diz, o Chega conquista votos nos vários setores”.
Em consequência, Marques Mendes considera que “o partido mais afetado com o crescimento do chega é o PSD”.