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"Centro direita tem ajudado muito a que o Chega cresça"

Em análise na SIC Notícias, Ricardo Costa e Pedro Marques Lopes analisam a evolução política e partidária em Portugal, bem como possíveis cenários para o sistema político nacional, tendo em vista as eleições legislativas que se aproximam.

Ricardo Costa

Pedro Marques Lopes

André Ventura foi, este sábado, reeleito presidente do Chega com 98,9% dos votos, na VI Convenção Nacional do partido. No Jornal da SIC Notícias, Ricardo Costa e Pedro Marques Lopes analisam a ascensão do partido que é, atualmente, a terceira maior força política em Portugal.

“O Chega está a evoluir muito depressa. Obviamente que tem fases com alterações, porque está a conseguir o seu grande objetivo, que é alterar o sistema partidário em Portugal, sobretudo do centro para a direita onde o Chega entra e pretende romper”, afirma o diretor de Informação do grupo Imprensa, Ricardo Costa.

Ricardo Costa esclarece que apenas no final dos anos 80, “houve sempre uma grande diferença do PS para o CDS”, mas as coisas mudaram em 2019 “quando entram dois partidos, a Iniciativa Liberal e o Chega”.

Questionado sobre a posição de André Ventura, de se recusar a afirmar-se como um partido de extrema direita, Pedro Marques Lopes afirma que esta tem dois objetivos.

“A mensagem que quer passar de não ser um partido de extrema direita. Ele quer-se tornar, por estranho que possa parecer, um partido dentro do sistema, na dimensão de que quer dar um imagem de que pode ser Governo. A outra tem a ver com o facto de que é contrário à mensagem do Chega e de todos os partidos como o Chega”, explica Pedro Marques Lopes.

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