André Ventura disse no discurso de encerramento da VI Convenção do Chega, este domingo, que a mentira e manipulação “caem que nem uma luva” em Pedro Nuno Santos, retribuindo-lhe críticas. Anunciou ainda que quer, na próxima legislatura, reverter a Lei da Nacionalidade e também a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
André Ventura começou a discursar às 16:50, tendo a ouvi-lo, na primeira fila, entre os convidados, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares e o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia, que cumprimentou.
Quando chegou ao palco, o líder do Chega sentou-se no palco na mesa onde acompanhou a maior parte dos trabalhos, muitas vezes sozinho. Agora, teve ao seu lado o líder parlamentar, Pedro Pinto, o presidente do Conselho de Jurisdição, Bernardo Pessanha, o adjunto da direção e deputado Rui Paulo Sousa e o primeiro eleito ao Conselho Nacional, João Tilly.
Retribuição de críticas a Pedro Nuno Santos
No discurso de encerramento da VI Convenção Nacional do Chega, André Ventura começou por referir que Pedro Nuno Santos "disse que este era o congresso da mentira e manipulação", sobre as críticas do líder do PS que, este sábado, acusou Ventura de "mentir aos portugueses" e apresentar propostas impossíveis.
"Caro Pedro Nuno Santos, a mentira e manipulação não têm lugar neste congresso, mas caem que nem uma luva em si e no PS que têm governado Portugal nos últimos anos", criticou.
"Que autoridade tem um homem que governava por WhatsApp, que atribui uma indemnização de meio milhão de euros?", questionou André Ventura sobre o líder do PS, dizendo que Pedro Nuno Santos "fazia negociadas com BE e PCP para comprar ações dos CTT".
Recuperação do tempo dos professores “em 4 anos”
O presidente do Chega prometeu ainda que, em quatro anos, vai recuperar o tempo de serviço dos professores que foi congelado no passado, considerando que o partido tem que "ser essa voz" porque o PS e PSD deixaram de o ser.
André Ventura levou uma nova promessa caso assuma responsabilidades governativas e dirigiu-se diretamente aos professores, que considerou serem o "futuro das crianças e jovens", que trabalhem “nas escolas públicas ou privadas”
"O compromisso - este é claro e vale ouro ao contrário de Pedro Nuno Santos - em quatro anos o Chega recuperará o tempo de serviço dos professores", comprometeu-se.
O líder do Chega disse saber "o que é estar do lado certo e do lado errado", considerando que o partido tem que "ser essa voz" na defesa dos professores "porque PS e PSD deixaram de ser".
Pensões ao nível do salário mínimos
"Não vamos voltar atrás com as pensões, sei que estão fartos de ser enganados pelo PS e pelo PSD. Os idosos também já não acreditam", disse Ventura.
O líder do Chega assegura que é uma promessa para os idosos e “promessa de honra para os ex-combatentes”, dar a “garantia, aos que não conseguem pagar o lar e os medicamentos, garantia solene” seu meu nome, com a sua total “responsabilização”: “Em seis anos não haverá uma única pensão abaixo do salário mínimo nacional”.
“O Chega vai reverter a extinção do SEF”
O líder do Chega, André Ventura, anunciou que quer, na próxima legislatura, reverter a Lei da Nacionalidade e também a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
"Se vencermos as eleições, o Chega vai reverter a extinção do SEF levada a cabo pelo PS", afirmou.
"E vamos reverter esta Lei da Nacionalidade para que ninguém possa entrar, estar ou ser português sem saber falar a língua e conhecer a cultura portuguesa", afirmou também.
Tão pronto como Sá Carneiro em 1979?
André Ventura, traçou hoje como meta vencer as legislativas de março, afirmando estar tão preparado para ser primeiro-ministro como estava o antigo líder do PPD Sá Carneiro em 1979.
"Sinto-me tão pronto hoje como sei que Sá Carneiro se sentia para ser primeiro-ministro em 1979, e estou tão pronto em dar a minha vida por este país como sei que ele estava" nessa altura, afirmou.
O líder do Chega garantiu que se sente pronto para governar e "transformar Portugal" e apelou a "todos os que acreditam" numa vitória que "saiam para votar" e que "ninguém fique em casa".
"Se não ganharmos nós, entregaremos novamente o poder ao PS em Portugal, e isso era o pior que podia acontecer para as gerações que aí virão", defendeu.