A Câmara Municipal de Braga ativou o plano de contingência devido às baixas temperaturas que se fizeram sentir nos últimos dias. Para apoiar pessoas em situação de sem-abrigo, a autarquia e a Cruz Vermelha abriram as portas a um albergue de peregrinos. Em Bragança, esperava-se -3ºC, mas os termómetros não passaram dos -1ºC. Apesar do frio, os habitantes dizem estar longe de invernos mais rigorosos.
Com os termómetros a bater nos 0ºC, a Câmara Municipal de Braga e a Cruz Vermelha prepararam um albergue destinado a peregrinos em centro de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo. Nas camaratas, dividas entre mulheres e homens, havia espaço para receber até 20 pessoas.
“O Plano termina hoje [sexta-feira] e, no total, acolhemos 17 pessoas”, explica à SIC Notícias Gil Machado, membro da delegação de Braga da Cruz Vermelha. “Temos uma previsão de temperaturas de 0ºC ou abaixo em dias consecutivos, as pessoas podem recorrer ao centro de emergência para pernoitar. São apoiadas com alimentação, podem tomar um banho quente quando chegam e quando se levantam de manhã e também algum vestuário para as proteger durante o dia.”
Gil Machado lembra que vivência nas ruas é “multifatorial e multicausa”, podendo estar associada a fluxos migratórios, desemprego repentino, ausência de retaguarda familiar, desproteção económica ou problemas aditivos e dependências.
Em Bragança, o frio ficou aquém das previsões. Esperava-se que os termómetros chegassem aos -3ºC, mas a temperatura mínima registada foi de -1ºC. Apesar de estar um dia frio, os habitantes consideram ser “um dia normal de inverno”, longe até dos invernos rigorosos do passado.
Na feira semanal da cidade de Bragança, as pessoas fazem a vida normal. Um vendedor e agricultor reconhece que, em dias mais frios, os clientes procuram fazer compras nas grandes superfícies.
“Hoje está um dia ameno. Mas já tem havido dias que faz muito frio. Não tem nada a ver com antigamente, que havia intempéries e mais frio e havia neve. Agora é muito raro”, afirma António.