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IGAS abre inquérito à morte de idosa nas urgências de Penafiel

A idosa de 80 anos tinha pulseira laranja e aguardava há cerca de uma hora, numa maca dos bombeiros, para ser observada quando morreu, na terça-feira. O hospital já tinha dito à SIC que se tratava de uma doente em fim de vida, sem critérios para manobras de reanimação.

Reprodução/SNS

Daniela Tomé

Foi instaurado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) um inquérito sobre as circunstâncias que levaram à morte da idosa de 80 anos, que faleceu na passada terça-feira no Hospital Padre Américo, em Penafiel. A informação foi dada sexta-feira, em comunicado.

Numa resposta escrita enviada aos jornalistas, a IGAS refere que o inspetor-geral decidiu, por despacho na quinta-feira, abrir um processo de esclarecimentos.

“Informamos que, por despacho de 4 de janeiro, do Inspetor-Geral, foi instaurado um processo de esclarecimento às circunstâncias em que ocorreu a morte de uma idosa, na noite do passado dia 2 de janeiro, no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, integrado na Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, E.P.E”, afirma a IGAS em comunicado.

Este esclarecimento surge depois do Porto Canal ter noticiado a morte de uma idosa naquele serviço enquanto aguardava numa maca por observação.

A idosa de 80 anos tinha pulseira laranja e aguardava há cerca de uma hora, numa maca dos bombeiros, para ser observada quando morreu, na terça-feira.

O hospital já tinha dito à SIC que se tratava de uma doente em fim de vida, sem critérios para manobras de reanimação.

Na quarta-feira o hospital especificou que a doente deu entrada no serviço de urgência médico-cirúrgica às 19:16, tendo sido submetida a triagem de Manchester às 19:19.

O óbito foi registado às 20:06, "após avaliação clínica", segundo o hospital.

Servindo uma população de cerca de meios milhão de pessoas, de 12 municípios, o Hospital Padre Américo, conjuntamente com o Hospital de São Gonçalo (Amarante), integra a ULSTS.

Idosa aguardava há uma hora quando morreu

Miguel Vasconcelos confirmou que na terça-feira, cerca das 20:00, morreu uma idosa com pulseira laranja que aguardava há cerca de uma hora, numa maca dos bombeiros, para ser observada pela equipa clínica daquele hospital.

O Porto Canal noticiou que a morte da idosa, com cerca de 80 anos, ocorreu na terça-feira à noite, enquanto a senhora aguardava numa maca por observação.

O Hospital Padre Américo ativou o plano de contingência, com reforço das equipas de profissionais de saúde, mas o problema maior neste momento, acentuou, é a falta de capacidade física das instalações para atender e internar os doentes.

Trata-se de uma situação crónica, por ser demasiado pequeno para a região que serve (cerca de meio milhão de pessoas), mas que se agrava quando ocorrem estes picos, sinalizou.

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