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Centros de Saúde sentem pressão devido a aumento de utentes

Durante os fins de semana prolongados do Natal e do Ano Novo foram atendidos cerca de 53 mil utentes nos Centros de Saúde. Uma ajuda para diminuir a pressão nas urgências hospitalares numa altura de grande afluência.

Diana Pinheiro

Joana Vitória Teixeira

Luís Bernardino

Com dores no corpo, tosse e febre, Arnaldo Gonçalves decidiu ligar para a Saúde 24 antes de se dirigir a uma urgência hospitalar. Depois de concluída a triagem recebeu uma mensagem com a marcação de uma consulta para esta quarta-feira no Centro de Saúde Algueirão - Mem Martins.

"Cheguei aqui às 18:00 e a senhora disse que não tinha vaga. Ia mostrar-lhe a mensagem e a senhora disse que já conhece bem a mensagem e para passar cá hoje [quinta-feira] para marcar consulta", conta Arnaldo.

Ainda doente, chegou ao Centro de Saúde de madrugada para conseguir marcar uma consulta, mas não foi o único.

Às 07:00 a fila de espera tinha mais de 30 utentes e a maioria sem médico de família.

"Ontem [quarta-feira] vim cá de manhã estive desde as 05:00 até a porta abrir. Às 08:00 disseram-me que tinham poucos médicos e mandaram-me vir hoje [quinta-feira]", explica Julieta Nunes, utente.

Casos de gripe A, Covid e as constipações estão a pressionar as urgências hospitalares com uma elevada procura.

A abertura de Centros de Saúde como o de Algueirão-Mem Martins durante os fins de semana prolongados do Natal e Ano Novo foi uma ajuda essencial para dar uma resposta mais rápida aos doentes.

Entre o dia 23 de dezembro e o 26 foram consultados quase 27 mil e entre o dia 30 e o dia 1 de janeiro cerca de 26 mil.

Oito dias de reforço no Serviço Nacional de Saúde (SNS) com 53 mil atendimentos registados que permitiram diminuir a pressão, mas não foram suficientes para acabar com os constrangimentos em vários hospitais.

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