País

Vinhos do Douro: marcas apostam em edições especiais com preço alto

É época alta para o negócio do vinho e muitos negócios procuram a exclusividade nas suas produções para fazer lucrar o produto.

Manuela Carneiro

Miguel Costa

Esta é das épocas mais lucrativas para o negócio do vinho. No Douro, por exemplo, as marcas apostam em edições especiais que fazem disparar o preço.

No Douro esta é uma boa altura para as vendas de vinho. As grandes casas apostam nas novas categorias de Portos e nos produtos premium para contornar as dificuldades do mercado.

Edições especiais que valorizam os vinhos e fazem disparar os preços.

Nos tonéis conta-se uma boa parte da história do Douro. Nas adegas da região está uma herança passada de geração em geração e que permitiu pensar em novas categorias de vinhos.

Os Portos velhos sempre foram muito apreciados, mas agora são também valorizados, tanto no preço, como na forma como se apresentam.

Neste caso, o requinte colocado na garrafa celebra a nova categoria de Portos, os 50 anos.

O Tawny é um blend que junta vinhos dos anos 30, 60, 70, dando nota da essência desta casa, estabelecida em 1855 na região de Lamego. São as joias da coroa do Douro que se guardam nestas caixas fortes.

É uma história feita de paciência que implica guardar os vinhos feitos agora para alguém explorar décadas depois.

Como outra nova categoria, o Very Very Old, ou seja, o muito, muito velho. Portos com mais de 80 anos que António Boal está a pôr no mercado a 1.350 euros a garrafa.

O segredo é guardar, mas quando se fala nos DOC Douro a história é outra.

Uma empresa de Alijó aposta nos vinhos premium, de alta gama, produzidos em vinhas velhas. Edições especiais que saem em pouca quantidade para o mercado, o que faz valorizar o produto.

Na adega de Favaios celebram-se os 70 anos com um moscatel da mesma idade.

A cooperativa conquistou o mercado com o Favaíto, mas não quer deixar de aproveitar o potencial das vinhas do planalto para criar outras referências.

Esta adega tem contrariado a tendência de crise que se vive em muitas cooperativas da região, sobretudo este ano quando se viram a braços com o excesso de produção da última vindima.

Depois, é olhar para os sinais que dá o mercado e aí só vence quem faz a melhor promoção com o melhor embrulho da diversidade que o Douro tem para oferecer.

Últimas