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Operação Influencer: Supremo pede elementos de prova ao DCIAP

O procurador Duarte Silva quer analisar se existem indícios que comprovem a alegada interferência de António Costa no processo. Quer também concluir a investigação “no mais curto espaço de tempo possível”.

SIC Notícias

O Supremo Tribunal de Justiça já pediu ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) os elementos de prova sobre a operação Influencer.

Segundo o jornal Expresso, o procurador Duarte Silva quer analisar, em específico, se existem indícios que comprovem a alegada interferência de António Costa no processo que levou ao licenciamento e construção de um centro de dados em Sines.

O Supremo quer não só as escutas em que o nome do primeiro-ministro é referenciado, mas também as pistas que levaram à realização de buscas no dia 7 de novembro.

O procurador quer concluir a investigação “no mais curto espaço de tempo possível”.

O que investiga a Operação Influencer

Esta investigação tornou-se pública com a operação realizada em 7 de novembro pelo Ministério Público (MP), que envolveu 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas: Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.

No total, há nove arguidos no processo, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

O processo está relacionado com a exploração de lítio em Montalegre e de Boticas (ambos distrito de Vila Real), com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

O primeiro-ministro, António Costa, que surgiu associado a este caso, foi alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão, tendo o Presidente da República marcado eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

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