António Costa não descarta um futuro europeu, mas diz que tudo depende do caso que levou à queda do Governo. O nome do primeiro-ministro poderá ser o escolhido para cabeça de lista às europeias.
Solto do cargo de primeiro-ministro, mas ainda em pleno uso dos direitos políticos, António Costa recusa estar a construir um caminho rumo ao Conselho Europeu. Mas há nomes de peso que já empurram António Costa em direção a Bruxelas.
Antes disso, o primeiro-ministro terá de aguardar pelas conclusões da Justiça, que têm de comprovar a alegada interferência de António Costa na Operação Influencer. À margem do Conselho Europeu, António Costa não quis "especular", mas também não rejeitou a hipótese.
“Até 28 de março sou primeiro-ministro, pelo menos, depois logo se verá a facilidade com que se formará o novo governo e logo se verá o que acontece à vida, e se se esclarecem as coisas que é necessário esclarecer”, disse em declarações ao Expresso e à SIC
O semanário avança ainda que Costa não fecha portas a nada: seja a presidência do Conselho Europeu, seja a presidência do Parlamento Europeu. Para este ultimo cargo, o primeiro-ministro português precisa de ser eleito eurodeputado e encabeçar a lista do PS às europeias, que decorrem em junho de 2024.
Costa até já admitiu estar disponível para fazer "a campanha que o futuro líder do PS entender". A decisão fica nas mãos de Pedro Nuno Santos ou de José Luís Carneiro.
A contar pelas várias entrevistas que já deu e pela disponibilidade desde que entrou em gestão, António Costa não parece querer afastar-se da atividade política.