Ativistas do coletivo Climáximo cortaram, esta quinta-feira de manhã em plena hora de ponta, um dos acessos rodoviários à cidade de Lisboa, junto às Amoreiras. Foram retirados pela polícia e por transeuntes.
Com duas faixas, alguns jovens sentaram-se na estrada, na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, junto ao semáforo para bloquear a entrada à capital. Outros dois voltaram a pendurar-se no viaduto, com uma faixa que dizia "O Governo e empresas declararam guerra à sociedade e ao Planeta".
Os ânimos chegaram a exaltar-se, com alguns automobilistas a saírem dos carros e a dirigirem-se aos ativistas.
"Eu tenho que trabalhar para alimentar os meus filhos. Façam alguma coisa, mas a quem faz alguma coisa, não ao povo", diz um homem, que saiu do carro e atravessou a longa fila de automóveis para abordar os jovens junto à "linha de bloqueio".
Por diversas vezes, automobilistas e motociclistas tentaram retirar os jovens do asfalto, enquanto a polícia não chegava. Alguns arrastaram-nos até ao passeio.
Nas imagens é possível ver, já no final do protesto, uma das manifestantes a chorar, depois de ter sido retirada à força por um motociclista.
Os ativistas foram retirados da estrada, mais de 20 minutos depois de terem cortado o trânsito, por agentes da PSP com a ajuda de alguns transeuntes. No entanto, os jovens pendurados por cordas no viaduto foram retirados mais tarde com a ajuda de uma escada elevatória.
O trânsito na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco continuava cortado às 10:30, no sentido Cascais-Lisboa, informa a agência Lusa. Foi desviado pela rua José Gomes Ferreira, em direção a Campo de Ourique.
O grupo de ativistas climáticos tem desenvolvido vários protestos nos últimos meses, muitos deles com cortes de trânsito nas zonas mais movimentadas de Lisboa.