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Eleições nos Açores: BE afirma que decisão "era a esperada" e está a preparar programa

O Bloco de Esquerda realçou que está empenhado em "apresentar as melhores listas possíveis e o melhor programa eleitoral" que resolva "os problemas da região, desde a saúde, a habitação, a educação".

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Lusa

O BE/Açores considerou esta segunda-feira que a marcação de eleições regionais para 04 de fevereiro é a única decisão possível para ultrapassar a crise política açoriana, afirmando estar já empenhado num programa com soluções para resolver os problemas da região.

António Lima, líder do BE/Açores, considerou que a decisão anunciada, após uma reunião do Conselho de Estado, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "era esperada" e, na opinião do partido, "a única possível, tendo em conta a rutura que existiu na maioria que apoiou o Governo Regional desde 2020, que levou ao chumbo do orçamento e que tornou inviável qualquer segunda solução no orçamento".

"A data das eleições era uma das datas possíveis. Nós estamos a trabalhar efetivamente para estarmos preparados para essas eleições, com a rapidez que a data exige", disse.

O BE realçou que, "mais do que fazer análises sobre o que se passou", está agora empenhado em "apresentar as melhores listas possíveis e o melhor programa eleitoral" que resolva "os problemas da região, desde a saúde, a habitação, a educação".

"Temos duas semanas para concluir listas, é naturalmente um desafio, mas um desafio que nós já estávamos naturalmente também a trabalhar e vamos estar prontos sem qualquer sombra de dúvida, com o calendário apertado", afirmou.

O Presidente da República anunciou esta segunda-feira a dissolução da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcou eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro, decisão que obteve parecer favorável de Conselho de Estado.

Em 30 de novembro, o Presidente da República ouviu os partidos representados no parlamento açoriano, na sequência do chumbo do orçamento regional para 2024.

Em 2020, o PS, que governava os Açores há 24 anos, ganhou as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria absoluta no parlamento.

PSD, CDS-PP e PPM formaram uma coligação pós-eleitoral e, com acordos parlamentares com Chega e Iniciativa Liberal, o líder do PSD/Açores foi indigitado presidente do Governo Regional.

Em março, o deputado único da IL e o deputado independente (ex-Chega) romperam os acordos de incidência parlamentar.

As propostas de plano e orçamento da região para 2024 foram chumbadas em novembro com os votos contra de PS, BE e IL (28) e a abstenção de CH e PAN (dois), contando apenas com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, PPM e deputado independente (27).

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