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Dia Mundial Contra a Corrupção: Marcelo pede "consciência crítica das elites políticas e económicas"

A Frente Cívica entende que a declaração do Presidente é um "ato de contrição" e acusa-o de tráfico de influências, a propósito do caso das gémeas luso-brasileiras.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Catarina Lázaro

Rui Flórido

Margarida Bento

SIC Notícias

No Dia Internacional Contra a Corrupção, o Presidente da República pede consciência crítica às elites políticas e económicas para que se inverta a forma como a população vê este tipo de fenómenos. A Polícia Judiciária, por exemplo, diz que nos últimos cinco anos abriu 884 inquéritos sobre autarquias.

Num período em que em que até alguns órgãos de soberania estão a ser escrutinados por suspeitas de comportamentos pouco consentâneos com a lei, o mais alto magistrado da nação adverte no site da Presidência da República para a necessidade de "haver mais consciência crítica das elites políticas e económicas para que mude a má impressão que os portugueses têm sobre este fenómeno em certos setores de atividade."

E para dar exemplos, o Chefe de Estado recorre aos crimes de corrupção mais identificados pela Comissão Europeia como os "conflitos de interesses, os financiamentos duplos, a cartelização e uma economia não-registada".

Frente Cívica fala em “ato de contrição” de Marcelo

Uma declaração que a Frente Cívica diz que é um ato de contrição do Presidente da República, a quem acusa de tráfico de influências, a propósito do caso das gémeas luso-brasileiras.

A Polícia Judiciária, que tem o combate aos crimes de colarinho branco na mira, recebe por mês cerca de 70 queixas anónimas de corrupção. Nos últimos cinco anos, somou 4.244 e 884 dos inquéritos abertos eram sobre autarquias.

Estas denúncias são filtradas e muitas delas acabam por revelar-se tentativas de difamação e arma de arremesso político, como refere o Jornal de Notícias.

Dos quase 3.600 inquéritos sobre corrupção que acabaram no Ministério Público, o ano passado, 161 resultaram em acusações.

Para aumentar o combate a este tipo de crime, a PJ quer quadruplicar o número de efetivos para esta área, apostando forte nas perícias informáticas e digitais.


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