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PSP e GNR acusam o Governo de os tratar como "profissionais de segunda"

Cerca de uma dezena de elementos da PSP e GNR estão reunidos nas imediações da Câmara Municipal do Porto para era entregar uma moção ao primeiro-ministro e ministro da Administração Interna.

Polícia de Segurança Pública
Lusa/ Arquivo

SIC Notícias

Lusa

Cerca de dez elementos da PSP e GNR acusaram esta quinta-feira o Governo de desconsideração por terem sido impedidos de entregar um manifesto ao primeiro-ministro e ao ministro da Administração Interna (MAI).

Durante a manhã desta quinta-feira, uma dezena de elementos da PSP e GNR estão reunidos nas imediações da Câmara Municipal do Porto, onde decorre o Conselho de Ministros descentralizado.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, esclareceu que o objetivo era entregar uma moção ao primeiro-ministro e ministro da Administração Interna (MAI), mas os representantes sindicais foram impedidos de o fazer.

"O próprio Governo, neste tipo de expediente, que até lhe fica mal, deixa aqui profissionais da segurança interna à chuva e frio. Não nos parece ser o mais correto", afirmou o sindicalista, a minutos de desmobilizar.

"Obviamente que não podemos ser uma vez mais desconsiderados. Temos a nossa dignidade. Não queremos estar a dar um sinal de coitadinhos, que não somos. Fica mal a quem pratica estes atos, não fica mal aos profissionais que têm todos os dias colocado o país a funcionar no que diz respeito à segurança interna", acrescentou.

A presença nas imediações da Câmara do Porto marca o arranque de uma série de manifestações, convocadas pelos sindicatos da PSP e associações da GNR, contra aquilo que consideram ser o tratamento desigual e diferença de rendimentos em relação à Policia Judiciária (PJ) - nomeadamente a atribuição de um suplemento de missão que varia entre os 700 e 900 euros.

“Obviamente que nós não discordamos desse valor. Aquilo que queremos é que os profissionais da PSP e da GNR deixem de ser profissionais de segunda na visão da Governo. Nós somos extremamente importantes para a sociedade portuguesa no que diz respeito à segurança interna, não queremos ser tratados de forma diferente dos outros profissionais que existem no sistema de segurança interna”, afirma Paulo Santos, em declarações à SIC Notícias.

O que os profissionais da PSP e GNR exigem é que o Governo reúna com “as estruturas sindicais da PSP e associativas da GNR” para “reformular os suplementos para ir ao encontro do que está estabelecido na PJ”.

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