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"Sem bacalhau, não é Natal": apesar da inflação tradição mantém-se

No Porto já começou a corrida para comprar o bacalhau para a ceia de Natal. O preço teve uma ligeira subida face ao ano passado, mas muitos fazem questão de que não falte à mesa

Ricardo Venâncio

Paulo Fajardo

Numa das mais típicas casas da cidade do porto onde se vende bacalhau, a partir de agora é estar de portas abertas todos os dias. Isto porque, não há época como o Natal.

Apesar das dificuldades, quem pode faz o esforço financeiro para que a mesa fique na memória.

"Escolhe-se um bocadinho melhor o bacalhau que se vai pôr na mesa. É uma época especial, estamos com a família e queremos pôr uma mesa bonita", diz Fernanda Vieira.

O ano passado o aumento do preço do bacalhau chegou aos 20%, este ano, a medida foi mais comedida, mas com peixe que facilmente ultrapassa os 20 euros por quilo, para alguns já é difícil cumprir a tradição.

No mercado do Bolhão, a escolha para o bacalhau de Natal não falta, ainda que este ano a pesca tenha trazido peixe mais pequeno à rede. O que se ultrapassa, ao procurar os sinais de qualidade.

"Quanto mais meses de cura tiver, mais seco está, melhor sabe. Depois é uma questão de pegar nele e ver se está durinho", explica a Bruna Silva, Temos Lata.

Para já os comerciantes confiam que o fiel amigo vai dar uma ajuda nas vendas, porque mesmo com inflação, poucos parecem querer mudar as tradições de Natal à mesa.

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