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Pensões: Montenegro recusa dar "lições de português" a quem "fala do que não sabe"

O líder do PSD voltou a explicar o que propôs no Congresso do PSD, sobre o aumento das pensões. Mas ainda teve tempo de acusar alguns "responsáveis políticos" e potenciais candidatos a líder do Governo a falarem do que não sabem.

Maria Madalena Freire

Luís Montenegro explicou aos jornalistas, quando se preparava para ir ao lançamento do livro do eurodeputado do Paulo Rangel, as declarações do Congresso do PSD sobre o aumento das pensões, que têm sido criticadas e questionadas pelos dois candidatos a secretário-geral do PS.

A respeito das declarações que fez no 41º Congresso do PSD, Luís Montenegro foi confrontado com os jornalistas, antes do lançamento do livro de Paulo Rangel, sobre se essas afirmações foram um lapso ou um “truque” eleitoral - tendo em conta a confusão que gerou sobre se a medida do aumento de pensões se aplicava a todos os pensionistas.

"Nem uma coisa, nem outra, era o que mais faltava. Eu disse que, em primeiro lugar, não vamos cortar um cêntimo a nenhuma pensão em Portugal. Em segundo lugar, vamos atualizar todas as pensões, no mínimo, através da forma que a lei preconiza e, em terceiro lugar, vamos alterar o valor de referência do CSI de modo a que atinja em 2028 os 820 euros. Isto significa que o rendimento mínimo garantido de cada pensionista são 820 euros", elaborou Luís Montenegro.

Para além disso, ainda acrescentou que não existe “confusão” e não deseja “dar lições de português a ninguém”. Mais, o líder social-democrata, apesar de respeitar o que se diz, considera que existe “muita gente que fala do que não sabe, principalmente responsáveis políticos, até aquele que têm por objetivo vir a assumir candidatura à liderança de um governo”.

Ou seja, José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos. Ambos os candidatos a líder do Partido Socialista ficaram sem perceber a proposta e pediram esclarecimentos.

O ministro da Administração Interna pediu que o presidente do PSD esclarecesse "se afinal tinha uma proposta para aumentar a pensões, ou se afinal apenas estava a falar do Complemento Solidário para Idosos, porque, como se sabe, o Complemento Solidário para Idosos não é uma prestação geral e também não é automática".

Disse, também, que Luís Montenegro, no discurso de encerramento do 41.º Congresso do PSD, criou "uma expectativa de que queria aumentar as pensões".

Já Pedro Nuno Santos voltou a defender que "o PSD e as suas propostas não têm credibilidade".

No entanto, Montenegro esclareceu e manteve a sua proposta.

“Estou disponível para explicar aos portugueses e portuguesas que esta medida é de solidariedade social e quer dar as pessoas as condições mínimas para terem o rendimento para satisfazer o mínimo das despesas, esta é uma medida de justiça social”, conclui o líder do PSD.

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