Mais de 15 horas entre estar no ar, aterrar, divergir para outro destino, abastecer, voltar a levantar, voltar a falhar, aterrar no ponto de partida. A saga dos passageiros da TAP que iam de Lisboa à Terceira este sábado, num voo de manhã, e que acabaram outra vez em Lisboa, na madrugada de domingo, é justificada pela TAP com condições meteorológicas adversas e com um agravamento inesperado ao longo do dia.
Num esclarecimento enviado ao Expresso, a companhia aérea garante que “tudo faz para levar os seus passageiros ao destino e sempre com a máxima segurança”.
No filme do dia, primeiro vieram as “condições climatéricas adversas” na ilha Terceira, que fizeram com que um voo da TAP que saiu de manhã de Lisboa, pelas 09:20, e que deveria chegar cerca de duas horas depois aos Açores, tivesse de voltar para trás. Nessa altura, segundo a nota da companhia aérea ao Expresso, os passageiros foram “desembarcados” em Lisboa, “sendo-lhes oferecida uma refeição”.
Os problemas continuaram, agora “inesperadamente”. Numa segunda tentativa, o avião saiu de Lisboa rumo à Terceira, mais concretamente ao aeroporto das Lajes, mas, “devido também a condições climatéricas adversas que se agravaram entretanto e inesperadamente, teve de divergir para Ponta Delgada”, segundo o mesmo comunicado da TAP.
Em Ponta Delgada, o avião foi “reabastecido” e “houve um compasso de espera, na tentativa de haver melhoria do tempo no destino”. Não houve. O voo voltou a Lisboa, o que, como contou o Expresso este sábado, fez com que os passageiros tivessem passado cerca de 15 horas em trânsito, para acabar no ponto de partida, Lisboa, já de madrugada.
Este domingo, os passageiros foram transportados num “horário especial” para a Terceira e, cerca das 21:00, já tinham aterrado no Aeroporto das Lajes.