País

Guerra aberta na justiça entre o atual e um antigo presidente da câmara de Gaia

O antigo autarca Luís Filipe Menezes acusou Eduardo Vítor Rodrigues de o prejudicar ao interferir num processo de licenciamento. Já o autarca em exercício nega a acusação e avançou com uma queixa em tribunal por difamação.

Miguel Mota

Miguel Castro

O recurso aos tribunais foi um dos temas da Assembleia Municipal de Gaia, na segunda-feira, e a apresentação da queixa-crime acabou aprovada pela maioria PS. Quer a autarquia, quer o presidente em exercício, Eduardo Vítor Rodrigues, vão assim processar Luís Filipe Menezes, que esteve à frente do município entre 1997 e 2013.

Em causa, está uma publicação no Facebook, escrita há pouco mais de um mês, em que Menezes assegura que o atual autarca interferiu num processo de licenciamento de um terreno que tinha comprado para construir uma casa, em Gaia

No texto há várias acusações como, por exemplo, uma frase que Luís Filipe Menezes garante ter sido proferida por Eduardo Vítor Rodrigues.

“Esse tipo, leia-se eu, nunca construirá nada no meu concelho enquanto eu for presidente, se quiser venda o terreno e já não perde tudo. Os arquitetos vão mudar os pareceres.”

A publicação é extensa e Menezes não poupou nas palavras, afirmando que “o mandante destas criminosas cambalhotas continua a governar e chama-se Eduardo Vítor Rodrigues”.

Eduardo Vítor Rodrigues e autarquia rejeitam as acusações, que consideram falsas e infundadas, e respondem agora com uma queixa-crime contra Luís Filipe Menezes, pelo crime de ofensa a organismo e difamação agravada.

Contactado pela SIC, o atual autarca de Gaia recusou prestar mais esclarecimentos. Já Luís Filipe Menezes, numa resposta escrita, adianta que a apresentação da queixa-crime é uma resposta tonta ao inquérito que o Ministério Público abriu, logo depois das denúncias que fez, em outubro.

O ex-autarca e antigo líder do PSD acrescenta que é também um disfarce de quem anda desequilibrado e que, na semana passada, foi condenado por peculato.

Últimas