País

Costa diz que Governo da direita "é um alternativa de instabilidade"

O primeiro-ministro sublinha que um Executivo com o apoio do Chega "nunca será uma maioria governativa", uma vez que o partido de André Ventura "não é igual aos outros".

SIC Notícias

António Costa considera que a dissolução do Parlamento era desnecessária e alerta que, com um acordo da direita com o Chega, o Presidente da República poderá ter de voltar a acionar a “bomba atómica” – termo usado para se referir à dissolução do Parlamento.

“Seguramente o PS tem todas as condições para ganhar, sobretudo comparando com a alternativa que a direita apresenta, que é uma alternativa de instabilidade”, afirma António Costa aos jornalista.

O ainda primeiro-ministro sublinha que uma maioria “aritmética dependente do Chega pode ser uma maioria parlamentar, mas nunca será uma maioria governativa”.

“O Chega não é um partido igual aos outros. Não é só por causa da ideologia, é por causa do seu comportamento. Será um fator de permanente de instabilidade”, sublinha.

Costa refere ainda que não seria positivo para o país que o atual Presidente da República se visse forçado a realizar mais uma dissolução do Parlamento.

O primeiro-ministro considera também que a decisão tomada por Marcelo de dissolver o Governo após o anúncio de demissão “era completamente despropositada e desnecessária”.

Marcelo não se irá opor à hipótese de um Governo com o apoio do Chega

Marcelo Rebelo de Sousa não vai inviabilizar um Governo que tenha o apoio do Chega. Se uma eventual vitória à direita, nas eleições de março de 2024, precisar dos votos do Chega para atingir a maioria, o Presidente da República deverá ler a situação e não se oporá à composição do Executivo.

A notícia é avançada pelo Expresso: se for confrontado com essa situação, Marcelo deverá analisar a situação à luz do que aconteceu nos Açores – onde o Chega ajudou a viabilizar o Governo PSD/CDS/PPM – não devendo travar um Executivo com o apoio do partido de André Ventura.

No entanto, o Chefe de Estado já anunciou que existe uma “linha vermelha”. Se o Chega for chamado a ocupar lugar no Governo, sobretudo “pastas de soberania”, a viabilização poderia cair por terra.

Últimas