País

Acusação a Isaltino Morais anulada por falta de interrogatório

A juíza de instrução decidiu anular a acusação do Ministério Público por insuficiência do inquérito. Deixou ainda críticas por a acusação não ter sido separada para os arguidos titulares de cargos políticos.

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, intervém durante a inauguração da Unidade de Saúde Mental do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, equipamento composto por 12 gabinetes clínicos Psiquiatria/Psicologia/Enfermagem, sala de "Grupos Terapêuticos" e "Unidade de Dia", para além de espaços de apoio administrativo.
MIGUEL A. LOPES

Lusa

O Tribunal Central de Instrução Criminal anulou a acusação do Ministério Público (MP) a Isaltino Morais por falta de interrogatório ao presidente da Câmara de Oeiras, uma decisão que afeta também os ex-autarcas Susana Amador e Ministro dos Santos.

Segundo o despacho da juíza de instrução Carina Realista Santos, adiantado esta segunda-feira pelo Expresso, está em causa uma insuficiência do inquérito, com a magistrada a deixar críticas à atuação do MP.

O despacho aponta ainda outra irregularidade ao MP, por não ter separado a acusação para os arguidos titulares de cargos políticos, que têm um regime processual próprio.

Isaltino Morais, a ex-presidente da câmara de Odivelas Susana Amador e o ex-autarca de Mafra Ministro dos Santos foram acusados em setembro de 2022 do crime de prevaricação de titular de cargo político, que é punível com pena de prisão entre dois e oito anos.

Entre os arguidos no processo encontram-se o antigo presidente da Câmara de Oeiras Paulo Vistas (que na altura dos factos era vice-presidente), o presidente do conselho de administração da empresa MGR -- Engenharia e Construção, Fernando Gouveia, o presidente do conselho de administração da empresa de consultoria FSCD, Marco Carreiro, o antigo vice-presidente da Câmara de Mafra Gil Rodrigues e o ex-vereador da Câmara de Odivelas Paulo Teixeira.

Os arguidos Fernando Gouveia e Marco Carreiro tinham sido acusados, cada um deles, por três crimes de prevaricação de titular de cargo político, enquanto Isaltino Morais, Paulo Vistas, Susana Amador, Ministro dos Santos, Gil Rodrigues e Paulo Teixeira foram acusados, cada um, por um crime de prevaricação de titular de cargo político.

Últimas